Estratégias de tratamento

Estratégias de tratamento


Alterações de estilos de vida

Na abordagem das pessoas com dislipidémia, estão recomendadas as alterações ao estilo de vida apresentadas na tabela abaixo:


Alterações de estilo de vida e seu impacto

A dieta desempenha um papel muito importante para o desenvolvimento de DCV seja direta ou indiretamente atuando nos fatores de risco “tradicionais” como os lípidos plasmáticos, PA ou níveis de glucose no sangue.

Sendo que a diminuição dos níveis de c-LDL no sangue é o objetivo primário na redução do RCV, merece um ênfase especial na avaliação das medidas de alteração no estilo de vida a implementar.

Esta tabela faz um resumo da evidência atualmente disponível sobre o impacto que as alterações ao estilo de vida e a alimentação têm na redução de cada uma das lipoproteínas.

Suplementos

Terapêutica farmacológica

O benefício clínico esperado pelo tratamento para baixar o c-LDL pode ser estimado, por isso, na seleção da terapêutica farmacológica deverá ter-se em conta:

  • Intensidade da terapêutica;
  • O nível de c-LDL;
  • Risco cardiovascular estimado.

Intensidade da terapêutica

A intensidade da terapêutica deve ser selecionada para que seja atingido o objetivo terapêutico definido com base no risco CV estimado.

As estatinas são caracterizadas como sendo de baixa, moderada ou elevada intensidade, de acordo com o abaixamento do c-LDL esperado (entre os 30 e os 60%).

A tabela seguinte resume a redução absoluta no c-LDL que pode ser atingida de acordo com as diferentes abordagens terapêuticas a partir do nível do c-LDL antes do início da terapêutica.

European Society of Cardiology. 2019 ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: lipid modification to reduce cardiovascular risk: supplementary data. European Heart Journal (2019) 00, 1 18

Início do tratamento farmacológico


Algoritmo de tratamento farmacológico

Apesar do objetivo terapêutico para o c-LDL ser atingido em muito doentes com monoterapia, uma quantidade significativa de doentes com um risco elevado ou muito elevado necessita de tratamento adicional para que esses objetivos possam ser atingidos. Nestes casos é razoável que se combinem diferentes fármacos.

Nos doentes tratados com a dose máxima tolerada de uma estatina é recomendada a associação desta à ezetimiba, e mesmo assim se o objetivo não for atingido, a adição de um inibidor PCSK9 é recomendado.


Bibliografia

  • European Society of Cardiology. 2019 ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: lipid modification to reduce cardiovascular risk: supplementary data. European Heart Journal (2019) 00, 118
  • Brunton L., Dandan RH.., Knollman B. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. McGraw-Hill, 13th Edition, 2018