Medição automatizada da pressão arterial sem assistência

  • Efetuada com recurso a um equipamento que permite executar automaticamente 3 medições, com 1 a 2 minutos de intervalo, sem que seja necessária a presença de nenhum profissional durante as medições;
  • Este método:  
    • Reduz, significativamente, a hipertensão da bata branca (embora não a elimine completamente);
    • Mede de forma standard a pressão arterial porque permite um ambiente completamente calmo, sem hipótese de fala e com medições repetidas e sempre iguais; 
    • Apresenta valores de pressão arterial geralmente inferiores e que se aproximam de uma medição fora do consultório (similar a uma medição de MAPA durante o dia), como tal aplicam-se os cut-offs de medição ambulatória.

Procedimento geral:

  1. Identificar o braço não dominante;
  2. Colocar a braçadeira:
    • Verificar se o tamanho desta se adapta ao tamanho do braço da pessoa;
    • Verificar a inexistência de garrote;
    • Colocar o sensor em cima da artéria braquial, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital assegurando uma compressão confortável;
  3. Explicar como se vai processar a medição;
  4. Ligar o equipamento e colocar, preferencialmente, na função “hide” para que a pessoa não consiga identificar os valores que estão a ser medidos;
  5. Clicar no “start “;
  6. Abandonar o gabinete durante mais ou menos 10 minutos:
    1. Automaticamente, o equipamento estabelece os 5 minutos que a pessoa deve descansar;
    2. De seguida, o equipamento realizará 3 medições com 1 minuto de intervalo entre cada uma (indicar no ecrã as 3 medições);
  7. Regressar ao gabinete;
  8. Verificar o valor de cada uma das medições e efetuar a média aritmética;
  9. Partilhar os resultados com a pessoa;
  10. Aconselhar de acordo com o risco cardiovascular;
  11. Registar.

Bibliografia

  • Stergiou GS, Palatini P, Parati G, O’Brien E, Januszewicz A, Lurbe E, et al. 2021 European Society of Hypertension practice guidelines for office and out-of-office blood pressure measurement. J Hypertens. 2021;39(7):1293–302.